A glamourização da decadência.
Janisjoplinamente brilhante. Ladygagamente whinehouse.
Se algum legado Lady Gaga (que passou) pode ter deixado pra mim nesta
conjuntura atual a que me encontro é levar a glamurização da decadência ao extremo.
Amy decaiu vertiginosamente. Seu Bombril desmanchou, a maquiagem borrou,
os dentes caíram e os joelhos ralaram. Genuinamente, janisjoplinamente sofrendo
e definhando por amor.
Gaga, cigana de araque, fabricada até o pescoço[1],
craveja diamantes nas muletas e plagia Bette Midler[2]
na cadeira de rodas e da brilho ao que Janis, Liz Taylor, Amy, Maysa, Rorô, Liza
viveram de verdade. Recolhe os cacos e canta. Todos compram.
Patti Smith nunca mais cantou Glória depois que caiu do palco e quebrou
o pescoço. Patti tão cristã... Gaga sangra(ou) de mentirinha. O soro de Drika
brilha no escuro.
Quero minhas muletas cobertas de glitter.
Nasci no meio do caminho, então dá pra ser Amy gaga, um caco que samba.
Um caco com falsos brilhantes.
O difícil vai ser ir à galeria do ouvidor comprar brilhantes.
Definhar por amor... Back to Black.
Tentaram me mandar pra reabilitação.
Eu disse não... e eu aqui reabilitando e querendo brilhar. Não, não.
[1] Sidney
Magal
[2] Sereia
sentada
O pulo de carnaval. Na vontade de açambarcar o mundo com as pernas e acabar por recria- lo nas coxas. Peter pan quebrou o pé e descobriu que tem trinta anos. O ultimo grito de carnaval era pra dar a mão a palmatória afirmando que alguma historinha nova se inscreve desde aqui das alterosas. No fim foi o pé. Dei o pé a palmatória e daqui mesmo aleijada hipócrita, sereia sentada se arrastando pelos cantos, engessada, eu grito que a cidade mesmo não está. E eu sou só uma pateta, primata pré-Quaresma
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário